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Uma das discussões mais comuns entre os especialistas em cirurgia do quadril, ortopedistas gerais e pacientes está nas diferenças entre as próteses de quadril importadas e as nacionais. Afinal de contas, qual é a melhor?
Inicialmente, é importante sabermos que o método PADRÃO para a avaliação de intervenções na saúde, sejam elas medicamentosas ou não, é o Ensaio Clínico Randomizado. Os ensaios clínicos são estudos onde um grupo de interesse em que se faz uso de uma terapia ou exposição é acompanhado comparando-se com um grupo controle. Por diversos motivos, o uso de Ensaios Clínicos na cirurgia não é tão difundido como nas outras especialidades médicas. Eles são muito laboriosos e custosos e trazem consigo diversos desafios práticos e metodológicos. Um desses desafios é a dificuldade no mascaramento. É impossível impedir que o cirurgião saiba qual técnica ele estará usando. Logo, é impossível o mascaramento do médico.
Mais especificamente com relação às Próteses de Quadril, as alternativas encontradas para sabermos os resultados de determinado implante no longo prazo, são os Registros Nacionais de Implantes. O primeiro registro de implantes surgiu na Suécia em 1979. Na Suécia, a partir daquele ano, todos os pacientes submetidos à Artroplastia de Quadril e Joelho, passaram a fazer parte de um banco de dados. Quando há a necessidade de revisar a cirurgia, saberemos o tempo que aquele implante durou, naquele paciente.
O Registro Brasileiro de Implantes ainda encontra-se em fase experimental, ou seja, ainda não temos informações confiáveis sobre o seu funcionamento no médio e longo prazo. Um dia, quem sabe, poderemos dizer que os implantes nacionais funcionam como os importados. Por enquanto, isso não é possível, cientificamente falando.
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